segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Bala perdida na privada do Trabalho

   Ao que tudo indica, Carlos "só saia debaixo de bala" Lupi foi vítima de bala perdida, disparada sabe-se lá de onde.

   Após reunião na tarde de domingo passado com a presidente Dilma (principal suspeita de deflagrar o projétil que acertara Lupi), o ex-ministro usuário da privada do Ministério do Trabalho pediu demissão do cargo em caráter (se é que ele tem algum) irrevogável.

   Em nota oficial, Lupi afirma que sua demissão foi causada pela "perseguição política e pessoal que vem sofrendo da mídia". Para ele, sua demissão foi necessária "para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o trabalhismo não contagie outros setores do Governo". Confira abaixo a íntegra na nota oficial:

   "Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República – que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa - decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.
Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo não contagie outros setores do Governo.
Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados, reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador e o bom empregador, entre outras realizações.  
Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence."
Carlos Lupi

   Carlos Lupi deixou o cargo após a Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendar sua exoneração no último dia 30. Desgastado após a divulgação de um suposto esquema de propina realizada por integrantes do ministério para a liberação de repasses para ONGs, Lupi foi questionado sobre uma carona em um avião pago pelo empresário Adair Meira – que controla duas ONGs beneficiárias de convênios com o ministério – durante uma viagem oficial ao Maranhão, em dezembro de 2009. Lupi negou na Câmara dos Deputados que conhecesse Meira, mas um vídeo mostrou imagens dos dois juntos. O ex-ministro negou com veemência as acusações durante vários dias, seja no Congresso ou em entrevistas coletivas, mas Comissão de Ética deu seu veredicto.

   A "dança das privadas" continua, agora com sete dançarinos. Dá até pra contar uma nova fábula: Dilma de Neve e os sete ministros anões.

Atingido por bala perdida!
Estamos alertas! E você????
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